Artista autodidata, Miu Queiroz mergulha nas sonoridades do mundo para tecer sua própria linguagem musical. Seu universo pulsa entre os ritmos quentes da música brasileira, os matizes vivos das sonoridades afro-latinas e a delicadeza da canção francesa — uma fusão orgânica e sensível, feita de corpo e alma.
Em suas letras, ela percorre territórios do sentir: emoções que transbordam, perguntas que ecoam no íntimo, verdades que sussurram no silêncio. Sua voz, precisa e instintiva, se desdobra em camadas envolventes, como uma orquestra vocal que toca direto no coração. Vocalizações que nascem do instante, quase em transe, criam pontes invisíveis com o público, que se deixa levar por essa travessia sensorial.
No palco, ela dança entre intensidade e suavidade, entre tempestade e brisa, cultivando uma conexão viva, sincera, com quem a escuta. Suas palavras, em francês e português, vibram com verdade e calor, guiadas por uma presença cênica profunda e habitada.
É um convite ao voo — uma viagem sonora onde a contemplação encontra o movimento, onde a música deixa de ser idioma e se torna sentimento.